TOMAR – Anabela Freitas quer apurar responsabilidades no ParqT e chama a atenção para as contas da Polis
Anabela Freitas, candidata pelo Partido Socialista à Câmara Municipal de Tomar, foi a convidada do Especial Autárquicas, espaço da Hertz que irá receber os cabeças-de-lista nas eleições este ano, sendo que o objectivo passa por colocar os entrevistados diante dos principais problemas que assolam o concelho nabantino e perceber quais as soluções e as ideias a concretizar em caso de vitória no sufrágio de Setembro próximo.
Do ponto de vista financeiro, o documento estava muito bem mas faltava integrar nas contas o dinheiro da Sociedade Polis SA. Palavras do Revisor, que não sabe quanto: ele estima que esse montante seja relevante. A autarquia tem quarenta por cento na empresa Tomar Polis, pelo que não sabemos de quanto será essa factura. Ninguém sabe qual será a saúde financeira da Câmara». Anabela Freitas não tem dúvidas em afirmar que houve «gestão danosa» no processo ParqT, pelo qual o Município tomarense se vê obrigado, todos os meses, a pagar cem mil euros como parte de indemnização de cerca de 6,5 milhões.
A candidata pelo Partido Socialista garante que não vai deixar adormecer este dossier e quer apurar responsabilidades, nomeadamente sobre quem decidiu recorrer a Tribunal Arbitral. Anabela Freitas disse à Hertz que pretende mesmo accionar «todos os mecanismos» para travar a decisão. Assista à entrevista, na íntegra, através do filme efectuado pela Hertz: «Mete-me muita confusão estar a pagar uma dívida sobre a qual tenho inúmeras dúvidas. Quem é que tomou a decisão de recorrer a um Tribunal Arbitral? Um Tribunal Arbitral não é um tribunal comum. Quem decide recebe uma percentagem sobre o valor em causa. E se eu estivesse de consciência tranquila, iria para um tribunal comum. Infelizmente a nossa justiça também não é muito rápida mas esperaria o tempo necessário. Houve uma pressa enorme em ir para o Tribunal Arbitral...
Mas deixe-me dizer que a autarquia tem uma dívida de 3,2 milhões, há mais de uma década, com a ADSE e tem andado em conferência de facturas, em acordos e negociações para o pagamento dessa dívida. E nunca recorrer a um Tribunal Arbitral.
Qual foi a pressa no caso da ParqT? Porquê? Quem é que tomou essa decisão?
Fomos para um Tribunal Arbitral com um imóvel que valia na casa dos 2,5 milhões de euros. Saímos de lá com uma dívida de quase sete milhões. Isto não é gestão danosa? Para mim é. E que fique claro: entre pagar o ParqT e deixar de pagar transportes escolares, eu deixo de pagar a ParqT. Todos os mecanismos devem ser accionados no sentido de travar a decisão do Tribunal Arbitral e no sentido de apurar responsabilidades. E se as responsabilidades tiverem que ser apuradas em quem tomou a decisão, então essas pessoas é que devem pagar e não o Município».